Por compreendermos que todas as lutas contra as várias opressões têm que ser lutas directamente contra os aspectos estruturais do capitalismo, o Colectivo Resistimos convoca todas as LGBTQIA+, em especial as racializadas, para nos posicionarmos publicamente contra a agressão dirigida à Cláudia Simões e contra todo e qualquer abuso de poder e violência racista protagonizadas pelo estado português através da acção das ditas "forças de segurança" que só nos trazem insegurança e que existem exactamente para nos manter "no nosso lugar" como cidadãos e cidadãs de segunda, as com menos direitos e as mais exploradas. Nós, gays, lésbicas, bissexuais e trans de todas as cores e faixas etárias temos que compreender que toda é qualquer agressão feita a uma mulher negra é uma ameaça velada à nossa possibilidade de sermos algum dia livres. Relembrar Stonewall é, certamente, estar todos os anos na nossa marcha a marcar o ponto! Mas também é permanecermos atentas para que a nossa prática, durante toda a nossa vida, seja igualmente emancipadora e em defesa de todos e todas nós que ocupamos lugares de oprimidos na nossa sociedade. É nosso papel desmascarar não só a naturalização das ideias de género mas igualmente a naturalização da ideia de raça e não nos deixarmos convencer de que existe alguma possibilidade de vitória para nós sem esse trabalho de desconstrução de todos os mitos que nos mantém cativas.
O nosso objectivo não pode ser o de sermos as gays que se assemelham ao opressor e sim sermos parte do motor que desconstrói todas as nossas correntes e opressões.
A luta anti-racista é uma luta LGBTQIA+.
No Sábado, dia 1 de Fevereiro, vem connosco tomar a Avenida da Liberdade num percurso que vai do Marquês ao Rossio!
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